A paraplégica, só, levanta do chão
Levou um tombo numa escada
"Um dia eu volto a andar"
Enquanto cai uma lágrima derrotada
O homossexual maquia o olho
A pancada ainda é visível
"Eles ainda vão nos aceitar"
Pensa, chorando, que é possível
A jovem está ajoelhada
Orando por quem a humilhou
"Perdoa-lhes, Pai, eles ainda crerão"
E enxuga o olho que antes chorou
A negra caminha inconsolável
Nova desempregada, sabe no fundo
"Eu não roubei nada"
E chora, indignada com o racista mundo
O marido abraça a esposa
Os filhos já estão na cama
"Amanhã teremos o que comer"
Enquanto lágrimas derrama
E você, do alto da sua "perfeição",
insiste em dizer
que chorar é pra fracos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário